Acórdão nº 0827416 de Court of Appeal of Porto (Portugal), 17 de Fevereiro de 2009

Magistrado ResponsávelANTÓNIO MARTINS
Data da Resolução17 de Fevereiro de 2009
EmissorCourt of Appeal of Porto (Portugal)

Recurso nº 7416/08-2 Apelação Exequente: B.........., Lda Executado: C..........

Reclamantes: R1-D........., CRL R2-Instituto de Segurança Social, I.P.

*Acordam os Juízes da 1ª Secção Cível do Tribunal da Relação do Porto: I- RELATÓRIO 1. Nos presentes autos de reclamação de créditos[1] em que são exequente, executado e reclamantes os supra identificados foi proferida sentença julgando reconhecido o crédito reclamado pela reclamante R1 "para o efeito de ser pago pelo produto do bem penhorado nos autos de execução a que estes vão apensos".

Nesta decisão não se procedeu à graduação de créditos por o crédito da exequente já se encontrar pago e se ter considerado que o crédito da R1 era o único que subsistia nos presentes autos.

  1. É desta decisão que, inconformado, o R2 vem apelar, pretendendo que seja declarada nula a decisão de 1ª instância e, em última análise, a sua substituição por outra que reconheça e gradue o crédito reclamado pelo apelante.

    Alegando, conclui: 1. O apelante Instituto de Segurança Social, I.P. reclamou créditos referentes a contribuições do Regime Geral dos Trabalhadores por Conta de Outrem, no valor de € 1.330,23 mais juros de mora vencidos e vincendos, nos termos do artº 865º do CPC, por apenso no processo de execução à margem referenciado; 2. A sentença proferida em 20 de Junho de 2008 nada diz quanto ao crédito reclamado pelo apelante.

  2. Tal crédito não foi rejeitado liminarmente nem impugnado.

  3. Ao não reconhecer e graduar o crédito reclamado pelo apelante violou a Senhora Juiz o disposto no nº 4 do artº 868º do Código de Processo Civil.

  4. Mais, a Senhora Juiz deixou de se pronunciar sobre questões que devia ter apreciado, pelo que nos termos do artº 668º nº 1 al. d), a sentença é nula.

  5. Não foram produzidas contra-alegações.

  6. Corridos os vistos, cumpre apreciar e decidir.

    *II- FUNDAMENTAÇÃO 1. De facto 1.1. Na decisão recorrida consignou-se como factualidade provada documentalmente que a R1 tem um crédito sobre o executado, no montante de € 160.822,75, acrescido de juros de mora vincendos, à taxa de 10,375% sobre € 137.180,75, relativo a um empréstimo garantido por hipoteca registada sobre o bem penhorado na execução, em 19.09.2001.

    1.2. Encontra-se ainda provado documentalmente (v. fls. 34/7) que: a) o R2 reclamou um crédito sobre o executado, no montante de € 1.330,23, e juros no montante de € 628,71, acrescido dos juros de mora vincendos; b) este crédito não foi impugnado; c) o executado é devedor daquela...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT