Acórdão nº 7685/2003-2 de Court of Appeal of Lisbon (Portugal), 06 de Novembro de 2003 (caso NULL)

Magistrado ResponsávelANA PAULA BOULAROT
Data da Resolução06 de Novembro de 2003
EmissorCourt of Appeal of Lisbon (Portugal)

ACORDAM OS JUÍZES NO TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE LISBOA I BANCO, S A, vem nos autos de reclamação de créditos deduzidos pelo INSTITUTO DE GESTÃO FINANCEIRA DA SEGURANÇA SOCIAL, por apenso à execução ordinária que move a D, recorrer da sentença de graduação de créditos, apresentando em síntese, as seguintes conclusões: -A sentença recorrida graduou o crédito reclamado pelo Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, com preferência sobre o crédito exequendo garantido por hipoteca, nos termos do artigo 11º do DL 103/80, de 9 de Maio e 751º do CCivil.

-As normas do artigo 11º do DL 103/80 e do artigo 2º do DL 512/76, de 3 de Julho, interpretada no sentido de que o privilégio imobiliário geral prefere à hipoteca, foram declaradas inconstitucionais pelo Acórdão do TC nº363/02, DR I Série-A de 16 de Outubro de 2002.

Não houve contra alegações.

II Estão provados com interesse para a decisão da causa, os seguintes factos: -Encontra-se penhorado na acção executiva, um imóvel pertencente à executada, hipotecado a favor da Exequente, ora Apelante, estando tal penhora registada, teor de fls 50 a 54.

-O Reclamante, ora Apelado, Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, reclamou a quantia de 6.603,31 Euros, correspondente a contribuições em divida e juros, referentes aos meses de Dezembro de 1999, Janeiro a Outubro de 2000 e Agosto e Setembro de 2001.

A vexta quaestio neste recurso, é a de saber se os créditos reclamados pelo Apelado, Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, têm preferência sobre o crédito exequendo, face ao preceituado no artigo 11º do DL 103/80, de 9 de Maio, e se este normativo se encontra ferido de alguma inconstitucionalidade (bem como o normativo inserto no artigo 2º do DL 512/76, de 3 de Julho, o qual já continha disposição idêntica mas que não foi expressamente revogado por aqueloutro).

Dispõe aquele mencionado normativo «Os créditos pelas contribuições, independentemente da data da sua constituição, e os respectivos juros de mora gozam de privilégio imobiliário sobre os bens imóveis existentes no património das entidades patronais à data da instauração do processo executivo, graduando-se logo após os créditos referidos no artigo 748º do Código Civil.

», ou seja, logo após os créditos do Estado pela contribuição predial, sisa e imposto sobre sucessões e doações; e, dos créditos das autarquias locais, pela contribuição predial (hoje contribuição autárquica).

Contudo, como conclui a Apelante, essa...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT