Acórdão nº 0324952 de Court of Appeal of Porto (Portugal), 28 de Outubro de 2003

Magistrado ResponsávelALBERTO SOBRINHO
Data da Resolução28 de Outubro de 2003
EmissorCourt of Appeal of Porto (Portugal)

Acordam no Tribunal da Relação do Porto: I. Relatório MANUEL....., casado, residente à Rua....., em....., intentou acção declarativa, com processo sumário, Contra Te..... de José....., com sede à Rua....., ....., e T....., S.A, com sede à....., ....., pretendendo que: sejam declarados nulos e de nenhum efeito determinado contrato de compra e venda e, por inerência legal, um contrato de mútuo; seja declarada extinta a fiança que assumiu; sejam ambas as Rés condenados a pagar solidariamente ao Autor uma indemnização por todos os prejuízos sofridos.

Na sua contestação, e no que ao caso agora interessa, veio a ré T....., S.A. deduzir o incidente da incompetência territorial, com o fundamento de que no contrato de mútuo celebrado com a afiançada, entretanto chamada ao processo, Aurora....., foi estabelecido um foro convencional, concretamente o de Lisboa, para as questões emergentes deste contrato. Pacto convencional este que também vincula o autor ao afiançar esse contrato de mútuo.

Defendendo que à ré Te....., porque não subscritora do contrato onde se convencionou a competência territorial, não pode ser oposto esse pacto, o Mmº Juiz considerou aqui inaplicável tal pacto de jurisdição.

Mas concluiu que o tribunal territorialmente competente para a acção era o de V.N.Gaia, tribunal do domicílio da ré do pedido principal, ou seja, do formulado em 1º lugar.

Inconformada com o assim decidido, agravou a ré T....., S.A., pugnando pela revogação da decisão recorrida por continuar a entender que o tribunal territorialmente é o de Lisboa Não houve contra-alegações.

*** Colhidos os vistos legais, cumpre apreciar e decidir.

  1. Âmbito do recurso A- De acordo com as conclusões, a rematar as suas alegações, verifica-se que o inconformismo da agravante radica no seguinte: 1ª. A Ré T....., S.A., ora recorrente, na contestação que apresentou nos autos pugnou pela procedência da excepção da incompetência territorial do Tribunal da Comarca de Oliveira de Azeméis, atento o pacto de aforamento constante da cláusula 14ª do contrato de mútuo celebrado entre a ora recorrente e a chamada a intervir nos presentes autos Aurora......

    1. Com efeito, foi expressa e validamente - ex vi o artigo 100° do Código de Processo Civil - acordado na Clausula 14ª das Condições Gerais do contrato de mútuo referido nos autos, celebrado entre a ora recorrente e a chamada a intervir - Aurora..... - que é competente para apreciar e decidir todas as eventuais questões emergentes do referido contrato, o Tribunal Cível da Comarca de Lisboa.

    2. Ora, no que às relações entre o A, ora recorrido, e a R. T....., S.A., ora recorrente, diz respeito, a presente acção emerge...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT